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Lidando com as birras

As birras podem ser avassaladoras tanto para a criança quanto para os pais. No entanto, com a perspectiva Montessoriana, as birras podem ser uma oportunidade de crescimento emocional.

A educação Montessori enfatiza a independência, a liberdade dentro de limites e o respeito pelo desenvolvimento psicológico, físico e social natural da criança. Essa abordagem única à educação também se concentra no bem-estar emocional da criança.

Um dos princípios fundamentais da filosofia Montessoriana é reconhecer as emoções da criança durante momentos desafiadores. Quando a criança tem uma birra, é importante validar seus sentimentos e fazer com que ela saiba que é ouvida e entendida. Esse simples ato de reconhecer suas emoções estabelece que elas são valorizadas, ajudando muitas vezes na capacidade de autocontrole.

Mas e se a birra persistir? É importante entender que reconhecer as emoções não é apenas para acalmar a birra; serve para transmitir que as emoções da criança são válidas e que ela tem um confidente confiável em seus pais. Ao abraçar e processar essas emoções intensas, a criança naturalmente segue em frente.

Um estudo recente publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry descobriu que crianças com habilidades fortes de regulação emocional têm melhores resultados acadêmicos e menos problemas comportamentais. A regulação emocional é a capacidade de gerenciar as emoções de maneira saudável, e é uma habilidade crítica que pode ser desenvolvida por meio da abordagem Montessoriana.

A educação Montessoriana também enfatiza a importância de evitar certas ações durante uma birra da criança. Essas ações incluem dar sermões, envergonhar a criança e carregar ressentimentos ao longo do dia. Em vez disso, os pais devem permanecer calmos e atuar como uma presença estável em meio à turbulência. Ao permanecerem calmos, os pais fornecem suporte sem adicionar raiva ou estresse.

Depois que as crianças se acalmam, surge um momento propício para a conexão. Os pais podem perguntar a seus filhos se foi um momento desafiador para eles. Após uma birra monumental, as crianças frequentemente se recuperam rapidamente, voltando rapidamente ao seu estado alegre. Ao abraçar e processar suas emoções intensas, elas naturalmente seguem em frente.

É importante observar que a abordagem Montessoriana para as birras não é uma solução rápida. Requer paciência, compreensão e disposiçã o para abraçar plenamente as emoções da criança. No entanto, os benefícios a longo prazo das habilidades de regulação emocional valem o esforço.

Em conclusão, a educação Montessoriana oferece uma perspectiva única sobre a paternidade e a educação. Ao abraçar as birras como uma parte natural do crescimento emocional da criança, os pais podem ajudar seus filhos a desenvolver habilidades importantes de regulação emocional. Como pais, todos podemos nos beneficiar ao entender e abraçar a abordagem Montessoriana para as birras e o crescimento emocional.

Estabelecendo Limites

A criação dos filhos é uma jornada repleta de desafios e oportunidades de crescimento, especialmente quando se trata de estabelecer limites para nossos filhos. Métodos tradicionais de disciplina frequentemente envolvem regras rígidas, punições e uma abordagem autoritária. No entanto, uma abordagem alternativa e refrescante para estabelecer limites com amor e respeito pode ser encontrada na filosofia Montessori.

Estabelecendo Limites com Amor

Montessori enfatiza a importância de estabelecer limites com amor, nutrindo a empatia e mantendo uma conexão forte com seu filho. Como Simone Davies, autora de “The Montessori Toddler”, observa, essa abordagem inclui se envolver fisicamente e emocionalmente com seu filho ao estabelecer limites. Se ajoelhar para ficar na altura dos olhos deles, usar um tom firme, porém amoroso, e mostrar empatia quando eles estão chateados são elementos-chave desse método.

Davies aconselha os pais a se aproximarem da situação em vez de gritar de longe. Ao gerenciar suas próprias emoções e encontrar um momento para se acalmar, se necessário, você está modelando a regulação emocional e o autocontrole para seu filho. Dessa forma, a criança aprende que as emoções podem ser reconhecidas e gerenciadas de maneira saudável.

Comunicação e Raciocínio

A filosofia Montessori incentiva a comunicação aberta e o raciocínio, mesmo com crianças pequenas. Fornecer um motivo para um limite ajuda as crianças a entenderem o propósito por trás da restrição. Em vez de simplesmente dizer “Porque eu mandei”, os pais podem explicar a lógica por trás do limite. Por exemplo, se uma criança está batendo, um pai pode dizer: “Não posso deixar você me bater. Minha segurança é importante para mim. Mas você pode bater nesta almofada em vez disso.” Isso capacita a criança a entender as consequências de suas ações e a aprender a tomar decisões responsáveis.

Limites Adequados à Idade

As habilidades e idades das crianças desempenham um papel fundamental na determinação das fronteiras estabelecidas. Conforme as crianças crescem e demonstram responsabilidade crescente, os limites devem se adaptar de acordo. Embora a negociação deva ser abordada com cautela em certas situações, as crianças mais velhas podem ser encorajadas a expressar seus pontos de vista sobre as regras da casa. Isso não apenas promove um senso de autonomia, mas também ensina habilidades de negociação e respeito por diferentes perspectivas.

Por exemplo, as escolhas de roupas podem ser uma área onde as crianças gradualmente ganham mais controle à medida que amadurecem. Uma criança de 2 anos pode escolher entre duas roupas adequadas, enquanto crianças mais velhas podem liderar na seleção de suas roupas. Da mesma forma, os limites relacionados à segurança evoluem com a idade. Enquanto uma criança de 2 anos precisa segurar a mão de um adulto ao atravessar a rua, uma criança mais velha aprende as habilidades para se locomover com segurança por conta própria.

Abordagem Colaborativa

A colaboração é um pilar do estabelecimento de limites no estilo Montessori. Em vez de impor controle rígido, pais e filhos trabalham juntos para encontrar soluções que atendam às necessidades de ambas as partes. Essa abordagem reconhece a autonomia e os desejos da criança, ao mesmo tempo em que mantém o papel dos pais como guias e protetores.

Engajar-se em diálogo, como dizer: “Parece que você precisa escalar, e eu quero manter você seguro. Vamos encontrar uma maneira de atender a essas duas necessidades”, incentiva a resolução criativa de problemas. Este método promove um senso de parceria e cria um ambiente positivo para aprendizado e crescimento.

Segurança e Clareza

Certos limites, especialmente aqueles relacionados à segurança, exigem clareza inabalável. A criação dos filhos no estilo Montessori enfatiza a importância da comunicação clara nessas situações. Por exemplo, quando a segurança está em jogo, os pais devem ser diretos e assertivos, guiando fisicamente a criança para longe do perigo enquanto explicam a regra. Consistência e repetição são cruciais para garantir que os limites relacionados à segurança sejam compreendidos e seguidos.A imo

A Importância da Conexão

Em meio ao processo de estabelecer limites, manter uma conexão emocional forte com seu filho é fundamental. Se a conformidade parecer desafiadora, é essencial dar um passo atrás e priorizar a construção dessa conexão. Preencher o “balde emocional” da criança, passando tempo de qualidade juntos e participando de atividades significativas, pode promover a cooperação e o respeito mútuo.

Abraçando o Desafio

A abordagem Montessori para estabelecer limites nos desafia a enxergar a criação dos filhos por uma lente diferente. Ao priorizar a empatia, a comunicação, a colaboração e a segurança, os pais podem criar um ambiente em que as crianças sejam orientadas a tomar decisões responsáveis enquanto se sentem ouvidas e valorizadas. Abraçar esse desafio requer paciência, autoconsciência e comprometimento em nutrir um vínculo profundo e respeitoso com seu filho. Conforme você embarca nessa jornada, lembre-se das palavras da própria Maria Montessori: “Liberte o potencial da criança e você a transformará no mundo.”

Referências:

  1. Davies, S. (2019). The Montessori Toddler: A Parent’s Guide to Raising a Curious and Responsible Human Being.

Aquele que não tem voz!

A infância é uma fase importante da vida de qualquer pessoa, e é nessa fase que se inicia o processo de desenvolvimento cognitivo, emocional e social. No entanto, muitas vezes, a visão que se tem da criança é equivocada, e ela é vista como alguém incapaz e passivo. Essa visão, vem da etimologia da palavra “infância” (do latim “infans”, que significa “aquele que não tem voz”). Acreditava-se que até os 7 anos de idade, a criança, não possuía a habilidade de se comunicar através da fala, de explicitar seus desejos e suas inquietações.

Isso se reflete no conceito que muitos ainda têm sobre as crianças, o que pode levar a relações impositivas e desrespeitosas. Para que a criança possa se desenvolver plenamente, é importante que ela tenha suas vontades e necessidades atendidas e respeitadas.

Os pais devem reconhecê-las, estimulando a sua comunicação e expressão desde o nascimento. É fundamental que os pais entendam e respeitem a individualidade de seus filhos desde cedo. A criança é capaz de se comunicar e expressar suas vontades e necessidades desde o nascimento, e é papel dos adultos proporcionar um ambiente preparado e desafiador para que ela possa explorar e aprender por conta própria. Segundo Maria Montessori, “A criança que nunca aprendeu a agir sozinha, a dirigir as suas próprias ações, a governar a sua própria vontade, torna-se um adulto que é facilmente conduzido e deve sempre apoiar-se nos outros.”.

É importante que os pais sejam pacientes e respeitem o tempo de aprendizado da criança. Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, e é papel dos adultos acompanhá-las nesse processo, sem pressioná-las ou impor suas próprias vontades.

Para que a educação parental seja eficaz, é fundamental que os pais reconheçam a capacidade e a autonomia da criança desde cedo, respeitando suas vontades e necessidades.

Por que nosso logo é uma andorinha?

Nosso logotipo, uma andorinha em pleno voo, é muito mais do que uma imagem bonita. Ele representa a essência do nosso projeto na Livremente Montessori – a busca pela excelência na educação parental.

A andorinha é um símbolo de liberdade e proteção, e representa a capacidade de adaptação e a busca por um ambiente seguro e acolhedor. Como pais, todos nós queremos o melhor para nossos filhos, especialmente quando se trata de sua educação. Acreditamos que a educação parental é uma jornada de movimento constante rumo ao desenvolvimento saudável e feliz de nossos filhos, e a andorinha nos lembra disso todos os dias.

Na Livremente Montessori, nossa abordagem educacional é baseada nos valores de liberdade e proteção. Como a fundadora da abordagem Montessori disse uma vez: “A criança é uma esperança e uma promessa para a humanidade”. Ao fornecer um ambiente seguro e acolhedor onde as crianças possam explorar e aprender no seu próprio ritmo, estamos ajudando a proteger a curiosidade e o potencial inatos delas.

A andorinha também é uma ave social, que vive em comunidades unidas. Isso nos lembra da importância do apoio parental e comunitário na educação de uma criança. À medida que trabalhamos juntos para fornecer um ambiente de suporte e estímulo para nossos filhos, eles podem prosperar e se desenvolver em indivíduos felizes e saudáveis.

Assim, nosso logotipo é um convite para cuidarmos de nossos filhos com amor, proteção e liberdade, e construirmos uma sociedade onde a educação parental seja valorizada e respeitada.

Criando Filhos Compassivamente

A dica de leitura de hoje é o livro “Criar filhos compassivamente: a perspectiva da Comunicação Não Violenta”, escrito por Marshall Rosenberg. É uma obra que me cativa desde o seu lançamento em português.

O livro é compacto e de leitura leve, mas não se engane, pois aborda temas profundos e significativos. O autor começa destacando o perigo de usar o termo “filho” como justificativa para tratar uma criança de maneira diferente, desumanizando-a. Essa reflexão permeia toda a obra.

Rosenberg nos ensina a enxergar a humanidade e dignidade em todas as pessoas, especialmente em nossos filhos. Ele explora os desafios da criação, onde muitas vezes esperamos que as crianças façam o que queremos, mesmo que isso signifique renunciar a si mesmas. É uma discussão sensível e profunda.

Aprender que não temos poder sobre nossos filhos, mas sim a responsabilidade de cultivar relacionamentos saudáveis, é uma lição que impacta toda a vida.

O autor questiona os limites da coerção, punição e recompensa na educação e ressalta a importância dos vínculos familiares de qualidade. A Comunicação Não Violenta (CNV) e a Disciplina Positiva (DP) estão alinhadas nessa visão.

Rosenberg nos incentiva a transformar nossa comunicação cotidiana com as crianças, demonstrando amor incondicional. Esse livro de pequenas dimensões tem o poder de tocar em feridas profundas e gerar grandes mudanças nas relações com nossos filhos.

Recomendo-o sem hesitar!

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