A infância é uma fase importante da vida de qualquer pessoa, e é nessa fase que se inicia o processo de desenvolvimento cognitivo, emocional e social. No entanto, muitas vezes, a visão que se tem da criança é equivocada, e ela é vista como alguém incapaz e passivo. Essa visão, vem da etimologia da palavra “infância” (do latim “infans”, que significa “aquele que não tem voz”). Acreditava-se que até os 7 anos de idade, a criança, não possuía a habilidade de se comunicar através da fala, de explicitar seus desejos e suas inquietações.
Isso se reflete no conceito que muitos ainda têm sobre as crianças, o que pode levar a relações impositivas e desrespeitosas. Para que a criança possa se desenvolver plenamente, é importante que ela tenha suas vontades e necessidades atendidas e respeitadas.
Os pais devem reconhecê-las, estimulando a sua comunicação e expressão desde o nascimento. É fundamental que os pais entendam e respeitem a individualidade de seus filhos desde cedo. A criança é capaz de se comunicar e expressar suas vontades e necessidades desde o nascimento, e é papel dos adultos proporcionar um ambiente preparado e desafiador para que ela possa explorar e aprender por conta própria. Segundo Maria Montessori, “A criança que nunca aprendeu a agir sozinha, a dirigir as suas próprias ações, a governar a sua própria vontade, torna-se um adulto que é facilmente conduzido e deve sempre apoiar-se nos outros.”.
É importante que os pais sejam pacientes e respeitem o tempo de aprendizado da criança. Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, e é papel dos adultos acompanhá-las nesse processo, sem pressioná-las ou impor suas próprias vontades.
Para que a educação parental seja eficaz, é fundamental que os pais reconheçam a capacidade e a autonomia da criança desde cedo, respeitando suas vontades e necessidades.